quarta-feira, 18 de maio de 2011

De Perda e Esperança





De Perda e Esperança
Jane Moreira e Amélia de Morais

**************************************

E foi quando se desfez o encanto,
que minha poesia partiu.
Era feita de pranto e canto,
de luz e escuridão.
Era a dor que não se cansava,
alegria que nunca findava,
inspiração, emoção...

Em conversas com a lua,
namorando as estrelas,
brincando na madrugada,
com a alma iluminada.
Tão somente pela ilusão,
que se desfez, virou pó.
Agora fico a olhar a imensidão,
na solidão, vivo só...

Meus olhos - vazio infinito,
a voz guardada na lua.
A minha poesia nua,
despida de encantamento,
hoje trago escondida
debaixo da pele fina
da palma da minha mão.

E basta um corte de leve,
sutil sentimento de estima,
pra que a palavra breve,
mas plena de poesia,
retorne ao berço de luz
e eu volte a cantar a lua,
e eu volte a lançar na rua
os versos de alegria.



Nenhum comentário:

Postar um comentário