segunda-feira, 16 de maio de 2011

Procuro respostas em vão...




Procuro respostas em vão...
Diná Fernandes e Jane Moreira


Vida difícil,
Corrida, sofrida...
Cheia de altos e baixos,
Ganhos, perdas,
Perguntas, respostas
Positivas e negativas...
Imagens de fatos
De casos e amores passados,
Inchando a memória...

Não sei se é o tempo que passa,
Ou se passo por ele sem me dar conta
Da importância dos fatos
E do aprendizado
Que me fez conhecer
As dores do mundo...
Verdades e mentiras...
Vivendo com tantas indagações,
É possível ser feliz
Com tantas incompletudes?

 O tempo, que passa ligeiro,
Leva meus sonhos também,
Mas me deixa entrever
Um pouco das misérias do mundo.
Esses erros tão profundos
Levam-me a questionar:
Se é infeliz meu irmão,
Como posso ser feliz, então?

 E tento fazer meu melhor.
Queria ser a panaceia,
Mas carrego tanta dor,
Tanto choro no interior,
Que até esqueço meus sonhos,
Que o tempo ligeiro apagou.
E vou em busca do irmão
E da minha indagação.
Procuro respostas em vão...


UM MUNDO QUE EU QUERIA




UM MUNDO QUE EU QUERIA
Jane Moreira e Roberto Camara


Eu quero a paz e a inocência das criancinhas,
Um mundo sem revoltas, só felicidade...
Sem guerras, sem ganância e, para todos, a liberdade.
Eu quero brincadeiras, um mundo sem fantasia.

Quero ver o velhinho a sorrir, a criança a brincar,
Um mundo de respeito, sem adolescência desgarrada
A se dissolver no espaço... As intrigas, calúnias e ódio,
Que levam o mundo ao abismo da desumanidade aflorada.
Eu quero ver erradicarem-se as atrocidades e a discórdia...

Quero ver o mundo com segurança, podendo andar por aí,
Quero de volta meu direito de ir e vir, sem medo de ser feliz,
Quero esse sonho realizado, de um mundo belo, bem cuidado,
Utópico mundo, desejos de um poeta por este mundo apaixonado...




O sol ainda surge




O sol ainda surge
Jane Moreira/ Kleber Bernardes

Sozinha, na estrada, caminhando, eu chorava.
Nada sentia. Nem ouvia uma voz a chamar.
Só ouvia o som dos trovões e o rugido do mar.

O vento corria e folhas espalhava...
E eu sentia mais perto a maresia...
O mundo rodava e o vento me envolvia...

E, já sem rumo, perdi o prumo.
Pingos grossos de chuva caíam do céu.
Parada fiquei, perdida ao léu...

Senti que braços fortes me amparavam,
Quando o meu mundo parecia ruir.
Foi, então, que aconchego comecei a sentir...

Na proteção daquele abraço amoroso,
Sentir teu hálito, no beijo saudoso
Pisando nas nuvens, o tempo esqueci...

No meu peito a dúvida que ardia,
A alegria que agora sentia,
O medo da solidão...agora perdi...

O vento ainda roda,
O mar ainda ruge,
A chuva não mais incomoda,
O sol agora surge...



Somente o amor









Somente o amor
Ângela, Lena, Jane, Telma, Luiz, Mavie e Kleber


Só o amor extinguirá a maldade
De um mundo sem comiseração.
Só ele devolverá à humanidade
A paz que falta no coração.

Só o amor construirá a piedade
E fará brilhar toda essa escuridão.
Só ele nos restituirá a bondade,
Em gestos e palavras de mansidão.

Só o amor ensinará caridade,
Para que a alma aprenda o perdão.
E, assim aprendendo, abrirá asas seu coração
E se transformará em digno ser de divina criação.

Só o amor salvará o mundo,
Pois juntos estarão o lobo e o cordeiro.
E a amizade será o laço mais profundo
De um amor fraterno e verdadeiro.