O
respeito anda doente... Maltrapilho, mal tratado, decadente!
Jane Moreira MG/
Marcia Poesia de Sá PE/
Raquel Ordones MG/
Ângela Chagas RJ
Quando a lua se escondeu, de vergonha,
de
medo, de indignação e os poetas da vida
se
ocupavam de lindos poemas à pátria,
pátria esta, extorquida, exaurida, estupefata,
vinha
do alto do poder um cheiro forte de fumaça,
um quê
de enxofre fantasiado de luz,
que parecia engolir as consciências e erguer uma
cortina
pintada de trevas no país do sol pungente,
uma
alma em negritude faz-se presente,
roubando nosso direito de opinar! Mas nunca o direito
ao
protesto!
O respeito anda doente... Maltrapilho, mal tratado, decadente!
E, nas trevas, onde a insanidade quase inocente
dançava
solta, onde nada a fazia parar de rodopiar,
envolvendo
assim o que estivesse à sua volta, semeando
a
inquietude e a revolta, através de votos espúrios...
O respeito, este sim, anda doente...
Maltrapilho,
mal tratado, decadente!
Um ser que, infelizmente, mente tanto que nem sente,
diria:
um insano - Como pode não perceber que o povo não
participa
desta loucura, desta frescura?!
De repente, o cheiro de fumaça, se amplia,
segue
uma nostalgia que anuncia um ser que vive no eterno breu,
que
não se mostra, mas está presente e denuncia
que a ele foram prometidas algazarras, transformações
em
muitos corações...Mas, patifarias com certeza, a lua não permite,
algozes
correm velozes! Há um quê de Luz que nos livra de infortúnios,
brilho
esse, que protege a nossa voz.
O respeito, este sim, anda doente!
Maltrapilho,
maltratado, decadente!
Esse voto dito “santo” tão falado,
esse
mesmo que não adianta mudar a sua forma,
que vem da insanidade e muda a política
e a teu voto, falso Feliz, de uma forma nefasta e ridícula,
que arrasta nosso povo ao preconceito,
tem na
lâmina da face só vergonha...
só desprezo, só desgosto, um desrespeito!
O respeito, este sim, anda doente!
Maltrapilho,
maltratado, decadente!
Doem nas almas desses poetas da vida assistir
ao
poder de formar os jardins
que eles plantam cotidianamente, esses mesmos poetas
que
amam a luz sofrem com essa escuridão, na qual
estão
sendo transformados os dias,
onde não há lábios vermelhos de sorriso, mas, sim,
um
rubro da violência espalhado pela grama outrora verde!
Onde um doente vem propor a cura a quem nunca adoeceu,
posto que doentes existem muitos neste País meu...
---O respeito, este sim anda doente!
Maltrapilho,
maltratado, decadente!
Onde a ganância e o enriquecimento ilícito sufocam!
Onde o
pronome EU predomina, onde os
degraus
não são galgados um por um, e existe sempre
um
peixe dentre os ditos santos... Porque a minoria que
está à
frente é pisoteada, cuspida na cara...
O respeito, este sim, anda doente...
Maltrapilho,
mal tratado, decadente!
A doença está nos olhos de quem vê,
queremos
mais um arco-íris nesta lida
pois se assim seremos vistos nesta vida,
vamos
marchar sobre esta vil opinião!
O respeito, este sim anda doente!
Maltrapilho,
maltratado, decadente!