quarta-feira, 19 de junho de 2013

O respeito anda doente... Prosa







O respeito anda doente... Maltrapilho, mal tratado, decadente!

Jane Moreira MG/  
Marcia Poesia de Sá PE/ 
Raquel Ordones MG/ 
Ângela Chagas RJ


Quando a lua se escondeu, de vergonha,
de medo, de indignação e os poetas da vida
se ocupavam de lindos poemas à pátria,
pátria esta, extorquida, exaurida, estupefata,
vinha do alto do poder um cheiro forte de fumaça,
um quê de enxofre fantasiado de luz,
que parecia engolir as consciências e erguer uma
cortina pintada de trevas no país do sol pungente,
uma alma em negritude faz-se presente,
roubando nosso direito de opinar! Mas nunca o direito
ao protesto!

O respeito anda doente... Maltrapilho, mal tratado, decadente!

E, nas trevas, onde a insanidade quase inocente
dançava solta, onde nada a fazia parar de rodopiar,
envolvendo assim o que estivesse à sua volta, semeando
a inquietude e a revolta, através de votos espúrios...

O respeito, este sim, anda doente...
Maltrapilho, mal tratado, decadente!

Um ser que, infelizmente, mente tanto que nem sente,
diria: um insano - Como pode não perceber que o povo não
participa desta loucura, desta frescura?!
De repente, o cheiro de fumaça, se amplia,
segue uma nostalgia que anuncia um ser que vive no eterno breu,
que não se mostra, mas está presente e denuncia
que a ele foram prometidas algazarras, transformações
em muitos corações...Mas, patifarias com certeza, a lua não permite,
algozes correm velozes! Há um quê de Luz que nos livra de infortúnios,
brilho esse, que protege a nossa voz.

O respeito, este sim, anda doente!
Maltrapilho, maltratado, decadente!

Esse voto dito “santo” tão falado,
esse mesmo que não adianta mudar a sua forma,
que vem da insanidade e muda a política
e a teu voto, falso Feliz, de uma forma nefasta e ridícula,
que arrasta nosso povo ao preconceito,
tem na lâmina da face só vergonha...
só desprezo, só desgosto, um desrespeito!

O respeito, este sim, anda doente!
Maltrapilho, maltratado, decadente!

Doem nas almas desses poetas da vida assistir
ao poder de formar os jardins
que eles plantam cotidianamente, esses mesmos poetas
que amam a luz sofrem com essa escuridão, na qual
estão sendo transformados os dias,
onde não há lábios vermelhos de sorriso, mas, sim,
um rubro da violência espalhado pela grama outrora verde!
Onde um doente vem propor a cura a quem nunca adoeceu,
posto que doentes existem muitos neste País meu...

---O respeito, este sim anda doente!
Maltrapilho, maltratado, decadente!

Onde a ganância e o enriquecimento ilícito sufocam!
Onde o pronome EU predomina, onde os
degraus não são galgados um por um, e existe sempre
um peixe dentre os ditos santos... Porque a minoria que
está à frente é pisoteada, cuspida na cara...

O respeito, este sim, anda doente...
Maltrapilho, mal tratado, decadente!

A doença está nos olhos de quem vê,
queremos mais um arco-íris nesta lida
pois se assim seremos vistos nesta vida,
vamos marchar sobre esta vil opinião!

O respeito, este sim anda doente!
Maltrapilho, maltratado, decadente!


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