O respeito anda doente... Maltrapilho, mal tratado, decadente!
Disseram que era um ser amaldiçoado
Aquele, dentre nós, tão bem-dito e amado
Que, rei em sua terra, atravessando mares,
Em terras de cruéis foi escravizado.
O respeito já andava doente...
Maltrapilho, mal tratado, decadente!
Meu irmão, lindo, saudável e forte,
Quiseram mudar teu norte...
E traçaram tua má sorte
entre senzalas, senhores, torturas e morte.
O respeito já andava doente...
Maltrapilho, mal tratado, decadente!
Ofereceram curas e benzeduras
A um ser iluminado, foi chamado de doente
Por loucuras de um ser sem nenhuma ternura.
Que usa o nome de Deus em Vão, para enganar os irmãos.
O respeito já andava doente...
Maltrapilho, mal tratado, decadente!
Esse o qual todos chamam de moreno, não o é
Ele é negro ,raridade, com força na cor
De alma limpa, honrada,
Que transborda infinito amor
Não sugere poeira da estrada!
O respeito ainda anda doente...
Maltrapilho, mal tratado, decadente!
É
do céu uma grande bênção
Total beleza, ação exuberante,
É figura de nobreza, importante,
No coração é candidez de luz,
É a razão e emoção que seduz.
Total beleza, ação exuberante,
É figura de nobreza, importante,
No coração é candidez de luz,
É a razão e emoção que seduz.
Somos
irmãos, respeito merecemos, mas ele anda doente...
Maltrapilho,
maltratado, decadente...
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